Termo
Provo calmo e apático. A maior paz de espírito, talvez. Uma dor que vem e não se basta pelo dominar de um corpo que já não sente. E porque não dominar o que é nulo? Sou nula. Irrelevante para a larga maioria. Poucos - talvez nenhuns - serão aqueles que em mim pensarão como primeira escolha. Sou resto. Sou sobra. Por vezes nem resto sou... sou sombra. Sou uma chamada de apelo de ajuda, no desespero do nervoso miudinho. Sou um eterno “estou bem” e sorrisos em mentira cosidos. Sou uma lágrima no silêncio, que ninguém viu brotar. Sou um último adeus. Um último sorriso. Um último olhar. Sou morte. Chegando, chegada e por chegar.